A Santa Casa de Campo Grande enfrenta uma grave crise devido à escassez de insumos essenciais, levando à suspensão de cirurgias e à transferência de pacientes para outras unidades de saúde. A situação afeta desde materiais básicos, como luvas, máscaras e aventais, até itens indispensáveis para procedimentos ortopédicos e neurocirúrgicos, como próteses e órteses.
Além da falta de insumos, a precariedade na manutenção de equipamentos médicos agrava o cenário. O broncoscópio, fundamental para exames respiratórios, está inoperante, enquanto a carência de antibióticos, anticoagulantes e nutrição parenteral compromete o tratamento de pacientes graves e recém-nascidos.
Diante do colapso, a direção do hospital notificou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras instituições de saúde, alertando sobre a necessidade de transferências. Profissionais temem o aumento do risco de infecções e a piora no quadro dos pacientes que dependem dos insumos em falta.
Déficit financeiro agrava crise no hospital
A crise financeira é um dos principais fatores por trás do desabastecimento. Em 2023, o déficit da Santa Casa ultrapassou R$ 101 milhões, e o rombo segue aumentando, com prejuízos mensais estimados em R$ 9 milhões. Apesar dos repasses municipais e estaduais, os recursos não têm sido suficientes para equilibrar as contas e garantir o funcionamento pleno do hospital.
A neurocirurgia é um dos setores mais afetados, sofrendo diretamente com a falta de materiais e a interrupção dos procedimentos. Mesmo com as dificuldades, a Santa Casa segue atendendo casos de urgência e emergência, enquanto busca alternativas para normalizar a situação.
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